segunda-feira, 9 de agosto de 2010

final do cap. 5 de Náuseas de Estudante

(...)


Darío acomodou-se na segunda cadeira, enquanto Alex folheava um opúsculo sobre o teatro inglês da época de Shakespeare.

- Esses literatos! Veja só o Borges! O argentino bibliófilo! Anos 40, desbravando a cena européia com conferencias sobre autores norte-americanos, Edgar Allan Poe, Emerson, cultura anglo-saxã, Beowulf, Sagas nórdicas, além de Keats, Lovecraft e Kipling! Hoje o que vemos? O especialista! O estudioso das entrelinhas de Proust, os experts nos diálogos de Hemingway, o erudito nos construtos lingüísticos de Joyce...

- Ou expert no capítulo 2 de “À Sombra das Jovens Em Flor”, ou especialista no capítulo 12, na Parte Dois do “Ulysses”!

E Alex sorria, desistindo da leitura, olhando ora para um ora para outro.



Razão e racionalismo. De onde vem a Razão? Quem, ou o que, a legitima? É ela deusa-soberana? Coerência. Lógica. Pois bem. GESTALT, a necessidade de Boa Forma. Quadrado quadrado, círculo circular, nuca redondo o suficiente. Formas Ideais, platônicas. Idéias são lembranças. GESTALT inscrita em bases fisiológicas? Ora, estou parecendo o Kant! Cheio de idéias na cabeça! Só falta a câmera na mão! Mas aí já é o Glauber!

(esboço para um ensaio)



- Sabe, Darío, a gente morre de medo. A gente lê Nietzsche, a "vontade de potência”, lê auto-ajuda, levanta com o pé direito, sentindo-se audacioso, aí um cidadão te pára na esquina. É um ladrão? Não. O sujeito até ironiza sua desconfiança. Explica a situação, que está desempregado, que está voltando pra casa, precisa de dinheiro para ir de ônibus, e a nossa caridade enfia a mão no bolso e distribui três moedas. Ele agradece e se vai. Ufa! Que alívio! Aí, dois quarteirões depois, diante de um ruidoso templo, um crente com suas inconveniências, oferecendo jornais fundamentalistas com a maior ‘cara-de-pau’, a perguntar se conheço Jesus. Claro! Quem não conhece? Não estamos na ‘civilização cristã ocidental’? e sigo andando, ele ainda me acompanha, dois, três passos. Estendendo a mão (espero que em bênçãos), ele então desiste.



- Assim como o estoicismo resvala em ascetismo, o epicurismo em hedonismo, a teologia resvala em demonismo.

- Daí o estudo sobre as descrições do Inferno em “O Retrato do Artista Quando Jovem”? Do Joyce...

- E também em “A Peste”, do Camus, e em “O Nome da Rosa” e “A Ilha do Dia Anterior”, obras do Eco.



A religião enquanto “cimento social”. Argamassa simbólica. Será que Deus está realmente morto? Inércia Social ou Busca do Sentido? Existo, logo acredito.

A família reunida. Aqueles almoços de domingo. Alguém comenta a missa e o blábláblá do padre. Pede sua humilde opinião, ele pergunta sobre o tempero do assado.

Titia, muito católica, distribui porções. Com aquele olhar. “Inquisição – queime comigo!” Coitado do meu sobrinho descrente. Vai sofrer tanto na vida. Um olhar de piedade. Até cristã. Oh, como toleram o jovem infiel! Que Deus tenha piedade. Oremos!



Todos têm fé. Não exatamente fé em Deus. Mas se não fé em si mesmos – pelo menos fé na superação de si mesmos.

(folha solta no diário)



O esfacelamento pós-moderno das ideologias universais

Habermas. A Busca do Sentido. O Sentido é consumir? Consumismo é a minha fé. Tudo à venda. Habermas, Adorno, Walter Benjamin. Comprar todos os livros.

Socialismo: Utopia? Estatismo nacionalista: barbárie? Teoria Crítica. Ação Comunicativa. Diferença e Tolerância.
Os tolerantes precisam tolerar até os não-tolerantes? Os multiculturalistas devem aceitar até os não-multiculturalistas, os fundamentalistas?

Stálin cometeu o mesmo erro de Robespierre: o terror. Voltar-se contra todos, inclusive os aliados. Paranóia e suicídio. Os comunistas-soviéticos repetiram o terror jacobino e assim fortaleceram a contra-revolução?

(notas para um ensaio)




- Sabe, meu caro Sabine, o mito é mais fascinante que o personagem histórico. Vide os revisionistas, desde o David Strauss, aquele teólogo que submeteu os Evangelhos à uma crítica histórica.

Darío concordava, em silêncio, na escuridão.

- O que Jesus pregava era um espécie de “desobediência civil”. Você já leu Thoreau? – continuava HD com lentidão, como se num imenso esforço. – Algo semelhante o Gandhi ousou em nosso século que agora finda. Aquele lance da “segunda milha”. Se te obrigarem a andar uma milha, ande também a segunda milha. Andar por vontade o que crêem estar te obrigando. Isso é mais do que desarmar o inimigo, é constrangê-lo!

Pausa.

- Imagine o sorriso superior do romano, julgando te humilhar, e diante de teu oferecimento para seguir a segunda milha, o desconforto, o inusitado da coisa! Não és servo, és um voluntário, a andar duas milhas! Agora a obrigação tornou-se a tua missão, a tua realização pessoal.



Concentração de Renda no Brasil. 15 % do PIB para os 1% mais ricos, 12% do PIB para os 50% mais pobres, 73% do PIB para os restantes 49%.

(anotação no caderno de Economia, em folha semi-rasgada.)



A democracia só é possível com a igualdade social. Um socialismo autoritário (Estado forte na mão de poucos) levaria à um igualitarismo econômico, à um Welfare State mais amplo, mas não a uma democracia socialista.

O Estado, dito liberal, não é imparcial como julgam alguns. É sustentado e regido pelos proprietários e privilegiados.
Para legitimar uma Revolução é necessário deslegitimar o Estado e derruba-lo, a fim de criar um outro menos piramidal.

A democracia no século 20 sofre uma crise de legitimidade devido a crescente influência do poder econômico nos tramites políticos. Vide os lobbys, os subornos, os monopólios.

Mudanças estruturais, não mudanças de gerentes num jogo de poder, eis o que somente uma Revolução pode desencadear. Mas quem vai fazer a Revolução?




- E se pensarmos a independência política do Brasil não em setembro de 1822, mas em 2 de julho de 1823.

- Está vendo? O mito, o símbolo é mais forte. Lá está o príncipe em seu cavalo branco, com a espada em riste, gritando a plenos pulmões, em nome da Liberdade!




(No caderno de História. Segunda folha. Rabiscado à caneta vermelha.)

Gibbons, “A Queda do Império Romano”; Toynbee, “Estruturas Históricas”; Hegel, “O Espírito Absoluto movimenta a História”; Marx, “A luta de classes é o motor da História”; Tocqueville e a análise social; Spencer e o evolucionismo histórico. E o Pareto?

Dilthey, Croce, Vico. Ortega y Gasset.

Leopold von Ranke e a história factual. Culturalismo germânico. Wildeband Cassirer, Max Scheler, Alfred Weber.

Comte e o Positivismo. Estado Teológico, Estado Metafísico e Estado Positivo.
Cientificismo: análise social à luz da Ciência. Sucessão de fatos históricos:
Cadeia histórica: contexto: a História explica a História.

Escola de Annales. L. Febvre, Marc Bloch, Jacques Le Goff.

Estruturalismo. Levi-Strauss.

Braudel. Foucault. Norbert Elias e a história das mentalidades.

Sérgio Buarque de Holanda. Peter Burke. Eric Hobsbawn. Hélio Jaguaribe.

Francis Fukuyama. O Fim.



O Estado de Bem-Estar Social (Welfare State) pretede ser um capitalismo reformado, um capitalismo com preocupações sociais. Com apoio social-democrata foi bem-sucedido na Europa nórdica e renana.

Procura um certo acordo entre as esferas produtiva e social.

O Estado propõe ser o mediador dos descompassos/conflitos surgidos entre o capital e o trabalhador. Seu lema é o desenvolvimento com paz social, em sua exploração
soft, apaziguando a classe operária sindicalizada.

(trecho de ensaio – manuscrito)



- Aquele que não joga o “jogo social” ( você já leu “Homo Ludens”? ) é governado e humilhado por aqueles que jogam. – diz a voz no escuro. – E veja: o jogo em si-mesmo é indigno e mesquinho.



Neoliberalismo: a onda neo-liberal vem atuar na privatização dos dispositivos da seguridade social, que ampara o trabalhador diante do desemprego estrutural.

Sem seguridade social, aumenta sensivelmente a insegurança e a criminalidade.

Mas o capitalismo não se mantém sem o Estado, pois quem lucra é o capitalismo, e quem paga o prejuízo é o Estado.

(trecho do ensaio “O Capitalismo sobrevive sem o Estado?”)




(Ainda no caderno de História. Na contra-capa)

Guerra do Paraguai. Militarismo de Canudos. Comunismo Cubano. Holocausto. Operação Condor. Ditadura Chilena. Neoliberalismo. Questão Palestina. Eleições Norte-Americanas. Eleições Francesas.

Cômico. (Se não fosse trágico.)



O Neoliberalismo se ergueu depois da derrocada da Social-Democracia e seu Welfare State, onde o Estado regulamenta o Mercado.

Os neo-liberais ‘soltaram’ o Mercado, que, livre, auto se regula, no sentido do lucro e da expansão (mundialização/globalização)

Não é o mercado para servir os povos, e sim os povos meros escravos do mercado.


(trecho do ensaio “O Capitalismo sobrevive sem o Estado?")




- O Brasil é o inferno dos negros, o purgatório dos brancos e o paraíso dos mulatos e mulatas.”

- Você e as citações! E de quem desta vez?

- Li no Vianna, mas deve ser do Antonil.


Neoliberalismo: preservação da Coerção sutil para continuarem a ajustar os acordos – somente liberdade para se integrar e consumir. Opressão policial e flexibilidade comercial.

(trecho do ensaio “O Capitalismo sobrevive sem o Estado?”)



(Livros empilhados sobre a mesa)

Guerra e Literatura. “Nada de Novo no Front”, “Adeus às Armas”, “Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse”, “Por que os sinos dobram?”, “Com a Morte na Alma”, "Kaputt", “A Pele”, “A Guerra em Surdina”.




- Você já leu o Gabeira?

- “O que é isso, Companheiro?”

- É. Sobre a militância. Mas depois de Malraux, temos Régis Debray.

- Sei.
- O Malraux do “A Condição Humana” e o Debray de “ A Neve Queima”. Mas diga-me, Sabine, qual militância sobrou pra gente?



Egoísmo. Individualismo. Hedonismo. Capitalismo.
Altruísmo. Coletivismo. Ascetismo. Comunismo.



HD - História: tem um sentido? Ei, Darío, o que te apavora mais? Que a História seja um imenso Acaso, cai e levanta e cai, um sem-sentido, OU que a História tenha um Propósito, uma Providência, um Demiurgo, uma Conspiração? Tantos essencialismos, nominalismos, historicismos! que o digam o livre Rousseau e o digníssimo Sir Karl Popper!

Darío - Uns louvam o passado mítico, outros são progressistas. Platão e o “admirável mundo novo”? Mussolini é o “Grande Irmão”?

HD - Platão e a Forma Ideal e a Decadência: aristocracia, oligarquia, democracia, tirania. Marx e “luta de classes é o motor da história": comunismo primitivo, escravidão, feudalismo, aristocracia, capitalismo, ditadura do proletariado, comunismo, fim da História.

Darío - E o Vico? Giambattista Vico? O Joyce que era fã...

HD - Vico? O da História ‘circular’? Idade dos deuses, idade dos heróis, idade dos homens; isto é, era teocrática, era aristocrática, era democrática, e então uma era do caos, e tudo de novo! As espirais do “curso e recurso”...

Darío - O Vico não veio depois do Descartes? O Descartes que não acreditava na História, puro “conto da carochinha”... Mas, pense, Vico nem cartesiano, nem renascentista, nem barroco, nem iluminista.

HD - Certo. Li algo do Vico. Que o distintivo dos seres humanos são a criação de três fundamentos, na fundação da cultura, a saber, religião, o casamento, e o sepultamento dos mortos. Que os grupos humanos desejam primeiro o que é necessário; depois,o cômodo, proveitoso, e em seguida, o luxo, o excedente. “Scienza Nuova”, três edições, a obra de uma vida...



O intelectual sério, racional. O intelectual como reação ao intelectual sério. Já permitem anedotas no início das palestras.”

(anotação deslocada no caderno de Sociologia)


HD - E o Pareto engavetado. O Parto da “luta de elites”. O que foi acusado de “fascismo”, é o verdadeiro contraponto de Marx, e sua “luta de classes”...

Darío - E o Honneth e a “luta por reconhecimento” ?

HD - Não complica. O aluno do Habermas, o da “razão comunicativa”? Mas e o Pareto? Aquela de que os homens têm sempre a própria interpretação dos fatos sociais, e que atrás de tudo existem os “elementos a-racionais”, impulsos de “ordem emotiva” na conduta social...

Darío - Impressão minha, ou tem algo de Freud nessa? Isso de irracional, de impulsos emotivos... O inconsciente? O subconsciente?

HD - Lembra mesmo! Essa de que somos “racionalizadores”, que logo armamos uma aparência “lógica e sensata” para as ações e reações puramente não-racionais...

Darío - Sei. As irracionalidades de Napoleão, de Luís 14, de Bismarck, de Pedro I, de Vargas, de Hitler, de Churchill, de Stálin...

HD - Hitler obcecado por Stalingrado...

Darío - Poderia alegar o petróleo do Cáucaso...

HD - Não que somente os grande vultos sejam loucos...

Darío - Mas as suas loucuras são as mais contagiantes.





Marx, Engels, Manifesto. Lidos. Bernstein, Kausty, Rosa Luxembrugo. Catalogados. Bukharin, Trotsky, Lênin. Arquivados. Adorno, Benjamin, Arendt, Lukács. Copiados. Marcuse, C. Hill, Hobsbaw, Gramsci. Retocados.

Democracia Socialista Multiculturalista. Totalitarismo de Esquerda. Centralismo Burocrático. Centralismo Democrático. Autoritarismo tupiniquim.

Capitalismo liberal. Capitalismo de Estado. Estado de Bem-Estar Social. Democracia Representativa.

Multiculturalismo. Particularismos. Etnocentrsimo.

Racismo. Anti-racismo. Ku-Klux-Klan, Neo-nazis. White-Power. Black-Power. Gangster-Rappers.



HD - O tempo linear e progressivo dos caríssimos iluministas? Hegel e evolução do “Espírito” humano e histórico? O “eterno retorno do mesmo” nas visões de Nietzsche? E nem vou falar nas profecias bíblicas e muito menos nas de Nostradamus! Mas, pense aí, Darío, e se tudo não passar de “ação e reação”, “causa e efeito”, nascido de caprichos de um Faraó, da cota de produção do maná, da dor de cabeça de um Sultão, da dor de dente de um César, da vaidade de um Luís 14, da dor de estômago de um Napoleão, da impetuosidade de um Lênin?

Darío - Você quer dizer: a importância dos padrões OU a interferência personalíssima dos “Grandes Homens”? E se ambos...

HD - Exemplos, exemplos! O Holocausto! O Holocausto foi um fato histórico, isto é, dentro da dinâmica da história, ou trata-se de uma ‘singularidade’, isto é, um desvio dos padrões, uma queda e retrocesso, deslocada e descolada dos demais “eventos históricos”? como fazer uma leitura “marxista” do fenômeno? Como transcender a “prerrogativa documental” para manter sempre viva a memória da “vergonha coletiva” ? O Holocausto foge à “narrativa histórica”? É um “evento-limite” como quer o Habermas? Como classificar esta “tragédia histórica”? este genocídio planejado e executado em “escala industrial”? como evitar sua “monumentalização” como temia primo Levi? E a “culpa coletiva”? Escute, Darío, você sente alguma “culpa” pela matança dos índios? Alguma “culpa” pela escravidão dos negros?


É proibido morrer!
Oh! Não, meu Deus, queremos viver,
não queremos ver mais alguém faltando entre os!
O mundo é nosso e nós o queremos melhorar.
Queremos fazer alguma coisa.
É proibido morrer
!”

(EVA PICHOVÁ, 12 anos, Praha, em 1939
no LAGER (Campo de Concentração) de crianças judias)



- Darío, te incomoda o escuro?

- Não, mas a luz dos crematório. A fornalha.



Sendo um povo nômade recém-assentado, os judeus temiam as grandes aglomerações, assim como temiam o mar, sendo habitantes dos desertos. Grandes cidades são dignas de horror. Vide Sodoma, Nínive, Babilônia, onde vicejavam todo tipo de perversões, possíveis no anonimato das multidões. Daí todo o provincianismo, tal um caipira numa metrópole. Eu sou o puro, enquanto aqueles das cidades são ímpios.”
(folha solta na apostila de História Antiga)



... quando criança eu me extasiava com aqueles filmes do Star Wars, ou “Guerra nas Estrelas”, como queira. Você sabe. Aquelas cenas de ação! Acrobacias e faíscas nos ares, e aqueles heróis com um brilho no olhar, aquela luta pela liberdade, tudo o que eu julgava ainda no futuro. Mas então descubro que tudo isso já aconteceu! Quantos heróis mortos nas belonaves! Sepultados nos fundos dos mares! Quantos jovens em chamas com seus aviões! Quantos guerreiros morreram agarrados aos seus fuzis, na defesa do que julgavam a liberdade! Daí a minha obsessão com a guerra, com a Segunda Grande Guerra, a chaga de Hitler, que foi a mais grotesca, a mais exagerada...

- A guerra total e final? O Armaggedon?



O que é pior (ou mais desesperador): que a história seja ordenada (por uma Inteligência Superior, Deus, um grupo de Senhores, os ditos ETs), e assim somos fantoches, OU que seja uma repetição de fatos ao acaso, e assim agimos no fatalismo?

Um controle na História? Do que? De quem? Ou se sem controle, uma fatalidade? A Liberdade nasce da Anomia?

Os grupos humanos fazem a História.” Que grupos humanos? Em cooperação ou em luta de classes? Luta nascida da escassez ou da abundancia apropriada por uns poucos? Onde a responsabilidade humana?

(anotado numa folha do diário)




FHC e a Teoria da Dependência.

Burocratas. Burguesia do Estado. Autoritarismo Tecnocrático.

Expansioismo Estatal. Estamentos Burocráticos.

Interesses Monopolistas.

O Estado Varguista Corporativista é desmontado sob o bordão: volta ao liberalismo.

Como entrar na globalização um país sem esfera produtiva competitiva como o Brasil?”


(plano de possível monografia)


Pensadores não-marxistas, com seu liberalismo com preocupações sociais, influenciados por Nietzsche ou por Freud, ou por ambos. Julgam-se liberais esclarecidos, tais os franceses Raymond Aron e Régis Debray. Ampliação do sistema capitalista para integrar os pobres ao mercado. Lembro os historiadores com visões anti-marxistas, negando a “luta de classes”, tais o brasileiro Hélio Jaguaribe, e o nipo-americano Francis Fukuyama.

No Brasil, além de Roberto Campos e Giannotti, temos José Guilherme Merquior, pensador e crítico literário, que deslegitimava tanto Marx quanto Freud. Este por causa do “irracionalismo”, e aquele por causa do “determinismo econômico”.

(trecho para nota de ensaio)




- E se eu abrisse as cortinas?

- Saudades do oceano de luzes? Os tentáculos da cidade. Postes até aonde a vista alcança. Luz néon. Vapor de mercúrio. Lembra-se do reveillon de 95, quando subimos até a pedreira?

- Lembro. A cidade aos nossos pés.

- Pelo menos uma vez na vida! Em total escuridão, mas iluminados por esperanças.







final do Capítulo 5





LdeM
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